Certamente você já ouviu o ditado "lá vai mais uma Maria vai com as outras". Infelizmente, isso é muito comum. Pessoas que não construíram bem sua personalidade preferem ser guiadas pelo que ouviram dizer, por um modelo de vida pelo qual veem e almejam, tornando-se apenas mais um na multidão. Vivem em função de tecer suas opiniões vazias sobre a vida alheia, julgando, determinando o que é bom ou ruim, e o mais cruel, deduzindo e supondo sobre os outros.

Pessoas instáveis, que comparo a um barco lançado ao mar sem direção, onde pouco importa a direção do vento, desde que cheguem a algum lugar. Ao viverem para criar regras e moldar a vida dos outros conforme sua própria visão, tornam-se desamorosas, invasivas, intrometidas e cruéis. Regras podem ser aplicadas a si mesmo e à própria família, mas jamais à vida e família de outros.

Aquilo que verdadeiramente serve para você não pode ser deduzido como adequado para a vida de qualquer outra pessoa. Cada um deve buscar fazer de sua vida um reflexo único e pessoal, fazendo um raio-x, uma "ressonância magnética" diário de si mesmo para descobrir anomalias ou no pior dos casos, metástase internas. Devemos respeitar os limites alheios e viver dentro de nossas próprias fronteiras, evitando ser invasivos nos quintais alheios.

As opiniões, quando não solicitadas, devem ser guardadas para uso particular, aplicadas a si mesmo. Ao atingir o grau de autonomia na vida, teremos nossa própria trilha para trilhar, não seguindo simplesmente o rastro dos outros. Sejamos como aquela "Maria" que, inteligentemente, fugiu da regra de ir com as outras, entendendo que sua vida é única e deve ser priorizada, cuidada e olhada de perto, respeitando sempre o direito dos outros sobre suas próprias vidas.

Lembre-se, essas situações refletem mais sobre eles do que sobre você. Não permita que o reflexo seja seu.