A forma como você se trata é a forma como você mostra ao mundo como deseja ser tratado(a). Se você aceita qualquer tratamento da vida e das pessoas, sem proteger sua paz, sem blindar sua energia, sem colocar limites, sem priorizar o respeito por si mesmo(a), é isso que você terá.

Quando passamos muito tempo aceitando qualquer tratamento da vida e das pessoas, incapazes de nos posicionar; incapazes de dizer “não”; incapazes de dizer “eu prefiro de outro jeito”; incapazes de impor limites e exigir o mínimo de respeito, atraímos para nossas vidas pessoas com pouca empatia e situações que sugam nossa energia.

Pessoas pouco empáticas irão se ofender com seu posicionamento, nomeando-o como reclamação. Pessoas pouco empáticas irão encarar seus novos limites como frescura, e tentarão impedir sua liberdade de expressão. Pessoas pouco empáticas não saberão te ouvir, muito menos te pedir perdão.

Gente madura reconhece os próprios erros, volta atrás, pede desculpas. Maduros não fingem que você é ruim para se livrar da culpa e não ter que te pedir perdão.

Gente madura sabe que relacionamentos saudáveis requisitam conversas difíceis, e tudo bem. Evitar o conflito para manter a paz muitas vezes leva a uma guerra interna. Gente madura sabe ouvir, dialogar, entrar num acordo. Maduros não tratam como crítica, insatisfação ou reclamação a sua necessidade de se posicionar e fazer o que é melhor para si mesmo.

Gente madura sabe que o que dói nele, não dói no outro. E o que dói no outro, não dói nele. Assim, maduros sabem cuidar das próprias dores, mas nunca, jamais, desprezam ou duvidam da dor de alguém. Ao contrário, são gentis e têm empatia pela dor do outro, principalmente se foram eles que a causaram.

Gente madura e empática não fica na defensiva, levando para o lado pessoal e assumindo como critica a sua necessidade de dizer o que quer e o que pensa. Maduros não irão inverter o jogo, tentando te culpar porque você “ousou” contestar ou discordar. Ao contrário, maduros sabem ouvir e se retratar.

Algumas pessoas irão se afastar quando você se posicionar e estabelecer limites. Se isso acontecer, não lamente a falta delas, muito menos volte atrás. Quem não aceita seus limites e fica chateado quando você se posiciona, não merece destaque em sua vida. Se respeite, proteja a sua paz e não permita abusos.

Se você se posiciona com educação, expõe o seu limite, diz o que tolera ou não numa relação e a outra pessoa encara isso como crítica ou reclamação, menospreza seu posicionamento e desconsidera seus argumentos, não insista. Deixe que o tempo e o silêncio tragam entendimento. Porém, se nada disso adiantar, torço para que você se cure de quem nunca te pediu perdão; que você se desapegue de quem nunca reconheceu que te feriu…

*texto de Fabíola Simões