Há uma citação bíblica em Marcos 8:36,37 que nos faz refletir profundamente: "Realmente, de que adianta o homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua vida?... O que daria em troca de sua vida?" Uma mensagem forte, não é?
Quão verdadeiras tornam-se essas palavras nos dias de hoje. A busca incessante por notoriedade, poder, ganância, fama, renome, acumulação de bens de todo tipo, e, no final, o inevitável momento em que o tempo e o imprevisto cobram a sua alma. Vale a pena questionar: para que serve tudo isso se não podemos desfrutar dessas conquistas e nos esquecemos do que realmente importa? Muitos se esquecem de que este "mundo" está à beira de um acerto de contas, uma realidade inegável. Os eventos que ocorrem de forma desenfreada, com sinais tão claros, confirmam o que foi profetizado séculos atrás. Então, por que permanecer cego e se iludir ao ponto de abraçar tudo o que vem pela frente, sem a capacidade de abarcar nada e sem acrescentar um dia sequer à vida? Devemos lembrar que a vida é frágil, podendo se dissipar como feno ao vento com apenas um sopro.
A degradação de valores e princípios vitais, que são os pilares e sustentáculos da família, como o amor ao próximo, o respeito pela vida e pelas pessoas, a honestidade em todos os sentidos, tem ocorrido de maneira tão intensa que é como se estivesse sendo lavada pelo ralo. As coisas se tornaram tão anormais que algumas pessoas têm adotado atitudes animalescas, a ponto de nos sentirmos irreconhecíveis. O que prevalece hoje, de maneira tão descarada, é o "primeiro eu, segundo eu, terceiro eu e, só depois, o resto". Nesse sentido, é lamentável o quão real certas situações se tornaram, e não podemos perder o bom senso, nem normalizar o que não é normal. Por outro lado, é verdade que ainda existem pessoas maravilhosas que não permitiram que a indiferença, o desamor, o ódio e todas as posturas degradantes as corroessem. A essas pessoas, tiramos o chapéu.
Não estou utilizando este espaço para discutir questões religiosas, pois há lugares específicos para isso, nem para abordar minhas convicções religiosas, das quais não abro mão por nada. Falando das pessoas deste mundo, nenhuma delas merece que eu renuncie às minhas convicções. Nem o amor de pai, mãe, filhos, esposas, avós... nenhum poder, seja superior ou inferior, autoridades, governos... ninguém possui essa autoridade, a menos que eu lhes conceda esse poder, o que, infelizmente, algumas pessoas têm feito. Assim, fica aqui a reflexão.