Trabalhar na educação inclusiva, ajudando alunos com deficiência a superar obstáculos e testemunhar suas conquistas é verdadeiramente uma bênção. Foi exatamente isso que aconteceu comigo. Já se viu na situação de ter que ir trabalhar, por pura misericórdia? Pois é, eu experimentava isso, apesar de amar minha profissão de ensinar. Nos dias atuais, tudo relacionado ao ensino tornou-se abrangente, gigantesco, e isso tem levado muitos a experimentar ansiedade generalizada. Aqueles que verdadeiramente amam o que fazem mergulham de cabeça e não se contentam em fazer as coisas de forma superficial.
Ingressar na educação inclusiva foi um divisor de águas. Após me aperfeiçoar na área, tentar algo novo adicionou um toque extra à minha profissão. Lidar com as especificidades de cada aluno, entender suas necessidades e traçar metas para alcançar objetivos em tão pouco tempo foi verdadeiramente surpreendente. É por isso que afirmo que não é apenas trabalho; torna-se algo divertido, pois cada criança traz consigo a capacidade, muitas vezes, de proporcionar cura para o que estamos sentindo. Sua alegria, desenvoltura e espontaneidade garantiam risadas contagiantes. Em uma sala onde três profissionais trabalhavam simultaneamente, as aulas ocorriam de maneira tão sincronizada que não atrapalhavam o trabalho uns dos outros, muito menos afetavam os alunos que estavam sendo atendidos. Pelo contrário, o ambiente ficava extremamente alegre e participativo.
Trabalhar com Renata Cerqueira e Regina Souza foi uma descoberta, uma pérola encontrada sem a intenção de procurar por tal tesouro.
Quando se trabalha desprovido de orgulho e arrogância, mas rico em amizade, ajuda mútua, respeito e amor, esses são, com certeza, os ingredientes perfeitos para que tudo dê certo. Este é o nosso conceito e sempre será a nossa meta.